Matrícula no Ensino Fundamental
Matrícula no Ensino Fundamental
O Conselho Nacional de Educação definiu, em concordância com a Lei nº 9394/1996, a idade de seis anos
como sendo a idade mínima para entrada das crianças no Ensino Fundamental. Essa
orientação que tem sido acompanhada pelas redes de ensino em todo o Brasil
passou, recentemente, a ser questionada por alguns pais, notadamente pais de
classe média, que desejam que seus filhos iniciem tais estudos com idades
inferiores.
Os pais procuraram as escolas e demonstraram o interesse de
matricular seus filhos de cinco ou quatro anos de idade no Ensino Fundamental.
Como as escolas informaram que, de acordo com as orientações do CNE, até os seis anos a criança deve ficar na
Educação Infantil, aqueles pais procuraram a justiça que concedeu liminar
determinando que as escolas matriculassem os respectivos estudantes.
O assunto foi levado ao Superior Tribunal de Justiça e o
mesmo decidiu que cabe ao Conselho Nacional de Educação a tarefa de definir as
regras gerais da educação nacional e que as escolas devem seguir tais
orientações.
Embora a questão esteja resolvida do ponto de vista jurídico
– a idade mínima para matrícula no Ensino Fundamental é de seis anos de idade,
faz-se necessário explicar que a preocupação com o estabelecimento de uma idade
mínima para entrada das crianças no Ensino Fundamental decorre da necessidade
de se proteger as crianças evitando que as mesmas sejam submetidas a um regime
de provas e exames sem que tenham adquirido a devida maturidade emocional e
psicológica.
Cabe esclarecer que essa idade foi definida a partir de
pareceres de especialistas em psicologia
da educação e das experiências vividas nas escolas nacionais.
É compreensível que alguns pais vejam em seus filhos
indícios de genialidade, mas não devemos estimular que essa leitura submeta as
crianças a regimes de estudos que poderão prejudica-las no futuro. Subtrair das
crianças o direito de brincar e desenvolver a socialização através das brincadeiras e dos jogos como é
feito na Educação Infantil, ao mesmo tempo que pode agradar aos pais, pode
prejudicar o desenvolvimento emocional das crianças.
Por isso, sugerimos aos pais que contenham o ímpeto de
abreviar a infância de seus filhos. A
expectativa de vida está aumentando. Uma criança que hoje tem quatro ou cinco
anos de idade tem a expectativa de viver mais de oitenta anos e terá muito tempo
para aprender todos esses conteúdos, mas a oportunidade de aproveitar infância não
poderá ser recuperada. Para o bem dessas crianças, o melhor é seguir o curso
natural das coisas.
Comentários
Postar um comentário