Nova Estratégia Nacional de CT&I vai ajudar o Brasil a superar desafios, diz ministro
Publicado no Jornal da Ciência
Nova Estratégia Nacional de CT&I vai ajudar o Brasil a superar desafios, diz ministro
Em evento da Mobilização Empresarial pela Inovação, em São Paulo, ministro Celso Pansera apresentou proposta da Encti 2016 – 2019 e defendeu a modernização dos sistemas produtivos e da legislação para aumentar a competitividade do País
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, apresentou nesta sexta-feira (4), na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo, a proposta da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti) 2016-2019. Para os líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) e integrantes da comunidade científica, o ministro ressaltou a importância da Encti para superar os desafios apresentados pela área de CT&I.
“A Encti está baseada em dois grandes eixos. Primeiro, os desafios a serem superados, como posicionar o Brasil entre os países de maior desenvolvimento de ciência e tecnologia, elevando a produtividade, que é boa parte daquilo que se fala aqui, o trabalho e a produção, a partir da inovação, da promoção do desenvolvimento, por meio de tecnologias, e ampliando as bases para o desenvolvimento sustentável”, disse o ministro.
O segundo grande eixo da Encti, de acordo com Pansera, envolve pilares fundamentais que sustentam a estratégia do MCTI, como a formação de recursos humanos e os desafios da educação no Brasil. “Temos antes o desafio do ensino básico, que é a base para que o Brasil se desenvolva. Um dos grandes problemas do ensino médio é que o jovem não vê uma solução para a vida dele e acaba desistindo. E aí, as iniciativas do governo, criando estratégias para o ensino técnico, são fundamentais.”
Para Celso Pansera, o MCTI também pretende trabalhar na “redução das diferenças de desenvolvimento regional, não só do ponto de vista da produção de conhecimento como também da produção de riquezas, diminuindo as desigualdades sociais”.
A Encti 2016-2019 foi elaborada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI) com a colaboração das comunidades científica e acadêmica e dos empresários.
“O Brasil tem demonstrado nos últimos anos um vigor muito grande no ponto de vista de buscar inovação, modernização dos sistemas produtivos e das legislações existentes. É uma busca muito forte para superar barreiras legais e fazer com que o País funcione melhor”, acrescentou o ministro, que também falou sobre a regulamentação do Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação. “Nós já estamos formatando toda a regulamentação, todos os pontos que necessitam de algum tipo de apuro e detalhe da lei e colocaremos no site até o final de março.”
Um comitê de líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação entregou ao ministro Celso Pansera um documento com as propostas dos empresários para a Encti 2016-2019, entre elas a necessidade de “proporcionar as condições de ciência, tecnologia e inovação para o enfrentamento das adversidades atuais e futuras, colocando o Brasil em posição internacional de destaque nos principais temas tecnológicos globais e fortalecendo as bases para a construção de uma sociedade moderna e sustentável”.
“A intenção [do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação] foi muito positiva, a forma de fazer [a Encti] através de consultas. A CNI se manifestou expressamente através da MEI e hoje entrega uma proposta de trabalho detalhada. Temos como meta uma política de Estado que vise aumento de investimento empresarial em pesquisa, desenvolvimento e inovação,
com resultado esperado para 0,9% do PIB”, afirmou Pedro Wongtschowski, membro do Conselho de Administração do Grupo Ultra.
A Mobilização Empresarial pela Inovação, movimento articulado pela CNI, tem o objetivo de estimular a estratégia inovadora das empresas brasileiras e ampliar a efetividade das políticas de apoio à inovação por meio da interlocução entre a iniciativa privada e o setor público.
Comentários
Postar um comentário