Sobre o QR code

Sobre o QR code

 

José Fernandes de Lima[1]

 

Se o leitor for a um restaurante e solicitar o cardápio, há uma grande possibilidade de o garçom trazer um QR code e orientar para que “fotografe” o mesmo. 

Uma vez fotografada a figura, o freguês terá acesso a uma página de internet com todas as informações necessárias para efetuar os seus pedidos.

Para ter acesso a esse cardápio, o freguês necessita ter um telefone celular ligado à internet. 

 

No passado, para usar a câmera do seu celular como sistema de entrada de dados, o indivíduo necessita instalar um aplicativo QR code scanner. Atualmente, os celulares já vêm com algum aplicativo desse tipo instalado. 

A denominação QR vem da sigla inglesa Quick Response (em português: resposta rápida). Esse código foi criado em 1994 pela companhia japonesa Denso Wave. Por decisão dos criadores, o QR code tornou-se uma tecnologia de código aberto, isto é, disponível para todos.

 

Inicialmente, o código QR foi empregado para catalogar peças na produção de veículos. Hoje, ele é usado no gerenciamento de inventário e controle de estoque em indústria e comércio. Tem sido muito usado nas ações de marketing e comunicação.

Hoje, podemos encontrar os QR codes em todos os lugares: em embalagem de produtos, cartões de visitas e nos mecanismos de pagamento.

 

O QR code é uma versão bidimensional do código de barras, consiste em uma figura quadrada composta de padrões de pixels em preto e branco, que pode ser facilmente lida usando um telefone celular equipado com câmera. Uma vez escaneado, o código é convertido em texto, endereço URL, número de telefone, e-mail ou localização georreferenciada. 

O código pode codificar palavras e frases como, por exemplo, endereços da internet para podcasts ou vídeos.

O QR é capaz de armazenar 7089 caracteres numéricos ou 4296 caracteres alfanuméricos. Quanto mais informações você acrescentar a um QR code, mais o tamanho aumenta e mais complexa a estrutura se torna, isso é, a estrutura pode variar. Cada quadradinho ou conjunto de quadradinhos é responsável por determinadas informações. Os quadradinhos fazem no QR code o papel que as linhas fazem no código de barras.

Uma análise inicial da imagem mostra diferentes formatos que se repetem. Os primeiros sinais que se destacam são os três quadrados maiores. Eles são chamados detectores de posição.

Os padrões de detecção de posição estão localizados nos três cantos do código. Esses marcadores indicam a direção que o código foi impresso. É graças a eles que o scanner pode reconhecer e ler a mensagem rapidamente. 

 

A mensagem é transmitida pela distribuição dos quadradinhos pretos e brancos desenhados no corpo do selo. Um grupo de quadradinhos contém informações sobre o alinhamento, outro grupo sobre a versão do código utilizado e por aí vai.  Há até um grupo de quadradinhos responsável pela recuperação da mensagem, em caso de dano em parte do selo.

 

Os QR codes podem ser estáticos ou dinâmicos. Os estáticos armazenam informações que não podem ser editadas no futuro, ou seja, são fixos. São adequados para identificação de pessoas, crachás de eventos, registro técnico de produtos, ou seja, informações que não necessitam ser atualizadas.

Os dinâmicos permitem editar o conteúdo das informações.  No QR dinâmico, as informações relacionadas com a figura e o conteúdo apresentado ao scanner não estão armazenados diretamente no QR code, mas sim na página de destino. O fato de as informações serem armazenadas na página de destino permite que o código seja menor e mais simples. O sistema dinâmico é o mais adequado para fins comerciais e de marketing.

Nos últimos tempos, a aplicação do QR code que mais cresce é a sua utilização para realização de pagamentos. O sistema PIX já traz um campo específico para a colagem do QR code. 

 

Por tudo isso, caro leitor, se o garçom mostrar um QR code no lugar do cardápio, não fique triste, aproveite para mergulhar nas novas tecnologias. 

 



[1] Físico e Professor

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