Os resultados do PROUNI
Esses resultados do PROUNI, divulgados pelo Ministério da Educação, são impressionantes. Vale lembrar que: quando falamos de alunos do PROUNI, estamos falando de alunos que, em outras condições, estariam fora da escola.
Programa social coloca no mercado 174 mil jovens com graduação
Quarta-feira, 20 de julho de 2011 - 11:27
Criado há 6,5 anos, o Programa Universidade para Todos (ProUni) já formou 174,5 mil jovens e custeia os estudos, com a oferta de bolsas, de outros 464,5 mil. Desse grupo de formados, 324 são médicos; 40,5 mil concluíram uma licenciatura; 23,4 mil obtiveram diplomas de administradores.
De acordo com o secretário de educação superior do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, o ProUni associa qualidade, excelência e inclusão. O secretário destaca que nos processos seletivos a procura pelo ProUni rivaliza com a do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que seleciona estudantes para as instituições federais de ensino superior.
No primeiro semestre deste ano, 1,08 milhão de candidatos concorreram à vagas do Sisu e 1,04 milhão, do ProUni. Chama a atenção, segundo Costa, que no primeiro semestre, de 1,04 milhão estudantes, 508,9 mil optaram por disputar vagas na graduação apenas pelo ProUni. “Eles poderiam ter feito o Sisu porque atenderiam os critérios; isso mostra a relevância social do programa”, disse.
Na avaliação do secretário, além de promover a inclusão de jovens de uma classe social mais vulnerável, o ProUni é responsável por uma transformação cultural importante. “Vários desses alunos são os primeiros membros de suas famílias, em muitas gerações, que têm diploma de ensino superior”, salientou. “Isso gera um impacto muito grande na família e na comunidade.”
O ProUni também faz parte do conjunto de ações do governo federal destinado a abrir as portas do ensino superior a mais quatro milhões de jovens. A meta está estabelecida no Plano Nacional de Educação (PNE) para 2011-2020, em análise no Congresso Nacional — Projeto de Lei nº 8.035/2010. “Para alcançar esse objetivo vamos precisar da participação dos setores público e privado”, disse o secretário.
Diplomados — A médica Fátima, a administradora Nathalia, a advogada Antonia e o profissional de sistemas de informação José Ricardo fazem parte do grupo de 174,5 mil bolsistas do ProUni já graduados.
Fátima Lacerda Brito de Oliveira, 25 anos, conseguiu bolsa integral do ProUni no segundo semestre de 2005 e terminou a graduação em junho último, na Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte (CE). Ela aguarda o registro profissional do Conselho Regional de Medicina do Ceará para ingressar no Programa Saúde da Família ou trabalhar em hospital de Juazeiro do Norte, onde reside. “Aqui, o Saúde da Família tem carência de médicos, e eu pretendo conseguir uma vaga assim que sair meu registro”, disse Fátima. Daqui a dois anos, ela pretende iniciar a residência médica em ginecologia.
Nathalia Carvalho de Brito, 24 anos, cursou administração de empresas no campus Candelária da Faculdade de Natal (FAL). Em 2007, quando iniciou o curso, Nathalia pagou as mensalidades e fez o Enem. No ano seguinte, conseguiu a bolsa do ProUni. Formada em 2010, ela atua como trainee em uma empresa de engenharia e pretende ser efetivada. Natural de Goianinha (RN), Nathalia revela que conseguiu concluiu o curso porque obteve a bolsa integral. “O ProUni me ajudou muito porque meus pais só conseguiam pagar meu aluguel, alimentação e transporte”, destacou.
A advogada Antonia de Almeida Furtado, 58 anos, cursou direito com bolsa integral do ProUni na Faculdade Estácio, em Fortaleza. “A bolsa foi uma glória”, garantiu Antonia, que terminou o ensino médio e ficou 32 anos sem estudar até ingressar no curso, em 2006. O desafio, agora, é passar no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e exercer a profissão. Ela pretende fazer mestrado em direito internacional. “Meu sonho é conseguir outra bolsa para me especializar em Portugal.”
José Ricardo Tenório de Freitas, 23 anos, cursou sistemas de informação na Faculdade Estácio, em Maceió. Terminou o curso em dezembro de 2010, trabalha na área de formação e faz especialização em engenharia de software. “Nunca tive dúvida sobre a área de trabalho”, afirmou Freitas. “O desafio era pagar o curso, e o ProUni me ofereceu a oportunidade.”
Números — Os dez cursos que mais formaram profissionais com bolsas do ProUni, com base em dados da Secretaria de Educação Superior (Sesu), são os de administração (23.429 graduados); pedagogia (13.856), direito (11.263), enfermagem (7.737), ciências contábeis (7.454), educação física (5.822), gestão de recursos humanos (4.589), fisioterapia (3.785), ciências biológicas (3.355) e farmácia (2.876). No conjunto, os cursos de licenciatura formaram 40.514 jovens.
Ionice Lorenzoni
De acordo com o secretário de educação superior do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, o ProUni associa qualidade, excelência e inclusão. O secretário destaca que nos processos seletivos a procura pelo ProUni rivaliza com a do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que seleciona estudantes para as instituições federais de ensino superior.
No primeiro semestre deste ano, 1,08 milhão de candidatos concorreram à vagas do Sisu e 1,04 milhão, do ProUni. Chama a atenção, segundo Costa, que no primeiro semestre, de 1,04 milhão estudantes, 508,9 mil optaram por disputar vagas na graduação apenas pelo ProUni. “Eles poderiam ter feito o Sisu porque atenderiam os critérios; isso mostra a relevância social do programa”, disse.
Na avaliação do secretário, além de promover a inclusão de jovens de uma classe social mais vulnerável, o ProUni é responsável por uma transformação cultural importante. “Vários desses alunos são os primeiros membros de suas famílias, em muitas gerações, que têm diploma de ensino superior”, salientou. “Isso gera um impacto muito grande na família e na comunidade.”
O ProUni também faz parte do conjunto de ações do governo federal destinado a abrir as portas do ensino superior a mais quatro milhões de jovens. A meta está estabelecida no Plano Nacional de Educação (PNE) para 2011-2020, em análise no Congresso Nacional — Projeto de Lei nº 8.035/2010. “Para alcançar esse objetivo vamos precisar da participação dos setores público e privado”, disse o secretário.
Diplomados — A médica Fátima, a administradora Nathalia, a advogada Antonia e o profissional de sistemas de informação José Ricardo fazem parte do grupo de 174,5 mil bolsistas do ProUni já graduados.
Fátima Lacerda Brito de Oliveira, 25 anos, conseguiu bolsa integral do ProUni no segundo semestre de 2005 e terminou a graduação em junho último, na Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte (CE). Ela aguarda o registro profissional do Conselho Regional de Medicina do Ceará para ingressar no Programa Saúde da Família ou trabalhar em hospital de Juazeiro do Norte, onde reside. “Aqui, o Saúde da Família tem carência de médicos, e eu pretendo conseguir uma vaga assim que sair meu registro”, disse Fátima. Daqui a dois anos, ela pretende iniciar a residência médica em ginecologia.
Nathalia Carvalho de Brito, 24 anos, cursou administração de empresas no campus Candelária da Faculdade de Natal (FAL). Em 2007, quando iniciou o curso, Nathalia pagou as mensalidades e fez o Enem. No ano seguinte, conseguiu a bolsa do ProUni. Formada em 2010, ela atua como trainee em uma empresa de engenharia e pretende ser efetivada. Natural de Goianinha (RN), Nathalia revela que conseguiu concluiu o curso porque obteve a bolsa integral. “O ProUni me ajudou muito porque meus pais só conseguiam pagar meu aluguel, alimentação e transporte”, destacou.
A advogada Antonia de Almeida Furtado, 58 anos, cursou direito com bolsa integral do ProUni na Faculdade Estácio, em Fortaleza. “A bolsa foi uma glória”, garantiu Antonia, que terminou o ensino médio e ficou 32 anos sem estudar até ingressar no curso, em 2006. O desafio, agora, é passar no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e exercer a profissão. Ela pretende fazer mestrado em direito internacional. “Meu sonho é conseguir outra bolsa para me especializar em Portugal.”
José Ricardo Tenório de Freitas, 23 anos, cursou sistemas de informação na Faculdade Estácio, em Maceió. Terminou o curso em dezembro de 2010, trabalha na área de formação e faz especialização em engenharia de software. “Nunca tive dúvida sobre a área de trabalho”, afirmou Freitas. “O desafio era pagar o curso, e o ProUni me ofereceu a oportunidade.”
Números — Os dez cursos que mais formaram profissionais com bolsas do ProUni, com base em dados da Secretaria de Educação Superior (Sesu), são os de administração (23.429 graduados); pedagogia (13.856), direito (11.263), enfermagem (7.737), ciências contábeis (7.454), educação física (5.822), gestão de recursos humanos (4.589), fisioterapia (3.785), ciências biológicas (3.355) e farmácia (2.876). No conjunto, os cursos de licenciatura formaram 40.514 jovens.
Ionice Lorenzoni
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