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SOBRE UBER, EMPREGABILIDADE E TECNOLOGIA

SOBRE UBER, EMPREAGBILIDADE E TECNOLOGIA. José Fernandes de Lima [1] Um jornal de grande circulação publicou uma reportagem informando que um engenheiro, depois de muito procurar emprego, acabou como motorista de Uber. A reportagem deixa entender que houve um fracasso individual e nacional, dado que um individuo formado em engenharia deveria ter um emprego melhor. Por desconfiar da validade dessa conclusão, fiquei a imaginar o referido engenheiro trafegando pelas ruas engarrafadas e explicando didaticamente aos passageiros a importância da tecnologia para o funcionamento do Uber.  A chegada do Uber causou uma verdadeira revolução no sistema de transporte urbano. A empresa Uber foi fundada em 2009 e revolucionou o transporte urbano ao oferecer um serviço conveniente e acessível. O sistema Uber de transporte conecta os motoristas particulares diretamente com os passageiros. Os motoristas se cadastram na plataforma, submetem os documentos necessários e, após finalizar o cadastramento, já

SOBRE A RODA

SOBRE A RODA José Fernandes de Lima [1] A roda é um objeto circular que ao girar em torno de um eixo central torna-se uma máquina simples capaz de facilitar a movimentação e o transporte de objetos.  É uma das invenções mais revolucionárias da história.  Há evidências do uso da roda que datam de 3.500 a.C. na região da antiga Suméria, na Mesopotâmia. Originalmente, as rodas eram feitas de tábuas de madeira e evoluíram para incluir aros de madeira e, posteriormente, aros de metal. Ao longo dos séculos, a roda evoluiu, com inovações como o aro pneumático, no século XIX, que foi um grande avanço para as bicicletas. A criação da roda é um exemplo emblemático da criatividade humana, pois não havia exemplos de roda na natureza para inspirar a sua invenção. A roda transformou drasticamente a forma como as sociedades se moviam, produziam e interagiam, tornando-se um símbolo do progresso. A roda facilitou e impulsionou o comércio. Revolucionou a maneira como as mercadorias eram movimentadas e a

SLOW FOOD

SLOW FOOD   Nós chamamos de fast food aquela refeição rápida que fazemos em substituição ao almoço, aqueles sanduiches, aquelas fatias de pizza que comemos quando estamos apressados. Na realidade, muitas pessoas têm o fast food como a base da alimentação. As pessoas foram ficando cada vez mais apressadas, cada vez mais ocupadas e foram encurtando o tempo destinado ao almoço. Como o tempo é curto, a comida tem que ser servida rapidamente. Para que possa ser servida rapidamente, a comida deve estar semipreparada. Em algumas lanchonetes, você pede a comida na entrada, dá a volta com o carro e já pega a comida do outro lado, devidamente empacotada, prontinha para ser levada para casa. Essas tecnologias são mostradas como sinônimo de grande avanço tecnológico. Só tem um problema: para ser rápida, a comida tem que ser padronizada. E quando você padroniza, ela fica mais pobre, ou seja, com menos ingredientes. Um único tipo de batata, um único tipo de alface, de carne e assim por diante. O mov

SOBRE A ARTE DE ADMIRAR O MUNDO

SOBRE A ARTE DE ADMIRAR O MUNDO José Fernandes de Lima [1] Aprender a observar o mundo ao nosso redor é uma habilidade a ser desenvolvida, que pode enriquecer nossas vidas. Ao observar o mundo com atenção, nos tornamos mais conscientes do momento presente e expandimos a nossa percepção. A observação do mundo ao nosso redor requer atenção e consciência plena do momento que está sendo vivido. A observação atenta pode alimentar a criatividade, revelar padrões capazes de realizar previsões, promover a inspiração artística e fortalecer vínculos emocionais.  Para usufruir da beleza do mundo e obter inspiração é preciso ir além da observação descompromissada. É preciso aprender a admirar. A palavra admiração tem o significado de respeito e consideração, mas também pode traduzir um sentimento de surpresa e espanto. De acordo com os dicionários, admiração é a disposição emocional que traduz respeito, consideração, veneração. A admiração vem de admirar que significa o ato de contemplar alguém ou

SOBRE DOBRADURAS DE PAPEL

SOBRE DOBRADURAS DE PAPEL   José Fernandes de Lima [1]   A dobradura de papel é uma atividade acessível e econômica que produz grande satisfação e não exige muitos recursos técnicos. É muito provável que o leitor tenha, um dia, feito dobraduras de papel do tipo aviãozinho, chapéu ou barquinho.  A dobradura de papel incentiva a criatividade e pode até ser utilizada em projetos de engenharia. Os coletores solares do telescópio espacial James Webb foram empacotados na forma de dobraduras e desempacotados depois que ele atingiu o seu ponto de observação no espaço.    No Japão, a dobradura de papel é uma arte milenar.  Uma das histórias sobre a dobradura de papel afirma que, num passado remoto, os guerreiros japoneses trocavam presentes dobrados em papel como símbolo de paz. A palavra origami significa dobrar papel. Essa arte cria representações de diversos seres e até mesmo objetos, através de dobras geométricas feitas no papel, sem qualquer corte de tesoura, uso de régua ou colagem. Cada

SOBRE PIRILAMPOS

SOBRE PIRILAMPOS   José Fernandes de Lima   Sem qualquer justificativa plausível, lembrei de um personagem que parece andar desaparecido. Para me certificar se tal desaparecimento é real, resolvi consultar meu colega de mesa sobre o assunto.  Perguntado sobre a última vez que tinha visto um pirilampo, meu colega ficou assustado e instintivamente pegou o smartphone para procurar no google algum significado para aquela conversa. Reconheço a dificuldade do meu amigo para falar sobre esse assunto porque já faz muito tempo que eu mesmo não vejo um pirilampo.    Para quem não está ligando o nome à pessoa, eu lembro que o pirilampo é aquele bichinho que tem uma luzinha na barriga e é também conhecido pelo nome de vagalume. Quando pequeno, eu ficava admirado com os vagalumes. Ficava querendo saber como eles faziam para piscar e até capturava alguns para guardar numa caixa de fósforos. Alguns leitores de mais idade devem ter lembranças semelhantes.   Para aqueles que não recordam direito das au

SOBRE ELEVADORES

SOBRE ELEVADORES   José Fernandes de Lima [1]   A construção de edifícios de mais de um pavimento é uma prática antiga. Muitos palácios antigos já tinham dois, três e até quatro andares. Hoje, podemos encontrar prédios de mais de cem andares, mas a popularização dos prédios de mais de oito andares só se tornou possível depois do aperfeiçoamento do elevador. Do ponto de vista da construção civil, os problemas estavam superados. A tecnologia para construção de prédios de vários andares já era conhecida. O problema surgia na hora que as pessoas verificavam a dificuldade para subir até os andares mais altos.  Um indivíduo que morasse no oitavo andar e não dispusesse de elevador acabava sofrendo muito para chegar em casa. E se fosse idoso, as coisas ficavam ainda mais complicadas.  A ideia da utilização do elevador também é uma ideia antiga. Os egípcios já utilizavam mecanismos para elevação de água ou de pessoas. Há também relatos da utilização de plataformas para a elevação de pessoas no